4.3.07

Sempre fiel à Confeitaria do Bolhão






Eu me descobri alguém fiel ao seus botecos, bares, restaurantes, pratos. É coisa normal, né? Mas a questão é que eu descobri que posso me tornar fiel a qualquer coisa deste gênero em questão de dias ou até mesmo de horas. Nesta viagem, por exemplo, almocei, jantei, fiz lanches repetidas vezes nos mesmos lugares. Foi assim no Porto, em Paris, em Praga. Como primeira homenagem, aí está a Confeitaria do Bolhão, talvez o lugar que eu tenha mais frequentado no último mês. Obviamente, ser fiel a um lugar não implica deixar de ir a outros. Fui a muitos lugares diferentes, comi muitas coisas diferentes e engordei em diferentes partes do corpo, inclusive. E certamente ir a um mesmo lugar várias vezes faz de você um "frequentador" do ambiente, mesmo que seja por uma semana. O que significa que você se tornou "um pouco nativo", e cria você aquela sensação de "intimidade" com a cidade, as comidas, as pessoas que também frequentam aquele lugar. E além de tudo, aprendi no jornalismo que "menos é mais", ou seja, mais vale contar muito bem uma só história que narrar um pouco de várias parecidas.

Taí, então. Fui cliente fiel d'A Confeitaria do Bolhão, em frente ao mercado, no Porto, durante muitos dias. Comida excelente e barata. Na frente, uma confeitaria mesmo, padaria movimentadíssima. Se ultrapassar o corredor humano, atingirá um biombo que esconde um restaurante, parado no tempo, com garçons muito simpáticos, espelhos ao redor do pequeno salão e gente de todos os tipos, nacionalidades, idades. Não deixe de ir. E peça a Francesinha, qualquer bacalhau ou sopa. Tudo é muito bom.

Um comentário:

Tomás Rosa Bueno disse...

Inês,

parabéns pelo blogue aperitivo. É ler e ficar com fome.

Uma pergunta: estive vendo os cartazes na vitrine do Bolhão e fiquei curioso: o que aconteceu cm o bacalhau em Portugal? Como é que um prego no prato pode ser mais caro que um bacalhau à Gomes de Sá?